segunda-feira, 16 de março de 2009

Mestres

Sempre que pensava em universidade tinha uma dúvida: Jornalismo ou Letras?
No primeiro e segundo ano tive a quase certeza de que queria fazer letras, dar aulas e motivar alunos, como o professor Danilo. Ele é um gênio e consegue deixar as pessoas interessadas nos livros antigos e considerados chatos por muitos. Recita versos em forma de rap, pega a vassoura e começa a tocar sua ‘guitarrassoura’, conta histórias bem loucas e usa All Star, como eu! Obviamente me apaixonei por ele, como a maioria das alunas novas da escola se apaixonam por ele todos os anos. Ainda não acredito que dei um chocolate pra ele no final do primeiro ano, que vergonha! Ainda bem que crescemos, tomamos vergonha na cara, e claro, continuamos tendo atitudes bestas, mas o tempo passa.


Mas ano passado, o último ano na escola, tive um reencontro com o professor Mário que havia me dado aula na 8ª série, um senhor robusto, que a princípio dá medo, mas depois você acaba descobrindo que é o melhor professor de história que você poderia ter(Desculpem a piada, mas também pudera, ele vivenciou muuuuuuita coisa da história!). Iniciamos um projeto ambiental aqui no nosso bairro (bem castigado por pessoas que jogam lixo e animais mortos no esgoto e no rio). Uma das tarefas era caminhar o bairro todo e entrevistar pessoas a partir de um determinado ponto. Fizemos isso em uma manhã de sábado, e lá estava eu, com minha câmera, as folhas de pesquisa na mochila, luvas para recolher peças inusitadas jogadas pela rua e muita vontade. Começou o trabalho. Registrei cada detalhe que pude, falei com pessoas, mais fotos, enfiei o pé no barro e fiquei suja até os joelhos, isso claro, com o meu grupo de pesquisa, essencial para a realização do trabalho. Tive a ideia de divulgar o projeto pela cidade e entrei em contato com vários jornais, e consegui algumas notas sobre o assunto. Foi aí que tive a certeza do que eu quero. Trabalhar com dados, entrevistas, falar com pessoas, me comunicar. Jornalismo é o que eu quero. O professor ressaltou que o nosso grupo fez um ótimo trabalho, e no fim de tudo, agradeci ao professor Mário pela chance que ele nos deu, e principalmente a mim, que ganhei a certeza do que eu realmente quero.

VIVA OS BONS MESTRES!
Se professora eu me tornasse, tentaria fazer um trabalho semelhante a esses professores que me ensinaram muitas coisas, e criaram em mim um interesse maior na educação desse país, afinal, como em muitos filmes, as aulas de certos professores podem mudar a vida de muitos alunos.

P.S- O professor Danilo continua lindo e com um par de pernas e tanto! E o professor Mário é odiado por muita gente e adorado por muitos outros.



5 comentários:

Nanda disse...

saudades de alguns professores( de outros não!).ano passado,eu tive um maravilhoso de biologia,explicava suuuuuuuper bem,e era lindo...^^ kkkkkkkk acho que muitos professores não sabem o qão importantes eles são na vida de alguns alunos.

mudei de endereço de blogger.agora é http://fernandinhanie.blogspot.com/

bjs

Pattinha disse...

Quando eu comecei a ver o filme e o Javier apareceu eu pensei "Ai morri" uhaauauhaua

Agora dos professora, tem um monte que eu sinto saudade, fui bem amiga de alguns, de fazer projeto junto, de pedir conselho e isso acontece até hoje, se eu preciso de uma luz recorro a algum deles, acho um profissao muito bonita.

beijo*

Anônimo disse...

Todas as duas são profissões lindas... fico feliz em ver pessoas que as admira! Qualquer que tenha sido sua escolha, o importante é que tente fazer o melhor que vc puder, se dedicando ao máximo com ética e amor... vc vai atingir seus objetivos! Parabéns, beijos!

Fernanda disse...

Olha...o Jornalismo não é lindo...

A gente ganha mal, trabalha muito, nao tem final de semana, não tem feriado, não tem dia santo. A gente trabalha enquanto o mundo se diverte, a gente vê de perto as mazelas humanas, a gente conhece o pior lado do ser humano.

Entre os colegas de trabalho o ego é maior do que o mundo. Ainda na faculdade um quer ser melhor que o outro e o jogo de ofensas com palavras e sarcasmo é diário e ininterrupto, assim tbem é dentro de muitas redações.

Mas o que move mesmo um jornalista é o amor, a paixão pelo fato, pela notícia pelo por vir, pelos dias que nunca se repetem. Pela vida em texto, em palavras, em imagens. A vontade de brigar e se tornar um agente transformador da realidade, da sociedade e do que ainda não caminha bem. A denúncia, o furo, a justiça...

O Jornalismo vai muito além daquilo que as pessoas vêm, do que imaginam e do que escutam dizer, o jornalismo é mais alma do que cérebro, é mais faro do que faculdade, é mais talento do que técnica, se optar mesmo por ele, Benvinda ao caos...

;)

Beijos

PS: Querendo te dou umas dicas de leitura...

Chloe Gianuzzi disse...

É,acho que entre esses 3 anos,nenhum professor conseguiu me marcar.
Agora,quando eu estudava no outro colégio...Viva ao Professor Cleuton que me fez gostar de história *-*