Bagunça

Como sair de uma prisão criada por você mesma? Você criou, você se fechou ali, você jogou a chave fora. Você construiu esse labirinto e agora está totalmente perdida. Pequenos problemas viram bolas de neve, uma total avalanche. Certezas viram dúvidas e confusões. No fim do dia, você só queria poder dormir, mas dormir de verdade, sem todos esses pesadelos, porque o mundo dos seus sonhos não anda lá um mundo de sonhos bons.
As coisas estão fora do lugar, por dentro e por fora.

Você é feliz, isso é, apenas está um pouco confusa.

Você consegue um emprego no lugar onde você sempre sonhou.
Ah, é o sonho se realizando. Você emagrece, anda mais alegre, é mais ativa, mais disposta, sente-se alguém no fim do dia.
Passa-se um mês, tudo continua legal, você apenas sente mais sono, mas poxa, você parou de fazer macarronada às duas da madrugada e parou de tomar um litro de sorvete por dia.
Passam-se dois meses. Você está ocupadíssima, cheia de coisas pra fazer, mais magra, mais disposta, seu intestino funciona melhor. O local dos seus sonhos não é mais bem assim como você pensava, mas tudo bem, é legalzinho, ao menos você ocupa sua mente.
Passam-se três meses, você está lá, firme e forte, descobriu o gosto de ter o seu dinheiro, fazer o que quiser com ele- a ideia era fazer um cursinho, mas você descobriu que tem o mesmo defeito da sua mãe, de gastar, gastar e gastar.- Além do mais, você descobriu que a empresa dos seus sonhos, além de não ser bem como você imaginava, é incrivelmente desorganizada, como você jamais pode imaginar.
Passam-se quatro meses. Você não suporta aqueles colegas chatos, o pessoal mais legal que havia lá evoluiu e pediu demissão, os colegas novos ( uns 10 desde que você chegou) são gente boa, e vão evoluir também. Os velhos da casa, com exceções claro, são chatos e muitas vezes mesquinhos, especialmente aquela insuportável e frustrada do seu setor que esta ali há um ano e não sei quantos meses e acha que manda em você, tendo igual função no crachá e igual (dês)importância no salário. Você não tem tempo pra mais nada, e isso está te irritando, mas tudo bem, você ainda está ocupando seu tempo, e ganhando ‘uns troquinhos’, que te dão independência pra ir ao R$1,99 sozinha.
Chega ao quinto mês. Você decide pedir demissão, porque não agüenta mais, você não é burro de carga muito menos fantoche. Você que aprenda a controlar as compulsões na madrugada sua maluca comilona, mas que você não tolera mais essa porcaria de emprego. Vá estudar então preguiçosa!
Talvez você só seja mimada e sem vontade mesmo.
Autora instável em surto.
Abraços!

O que foi feito do pequeno Arnold?

Sabe aquele momento do dia em que você tira pra relaxar, fazendo qualquer coisa que não estresse, por mais bobagem que seja? Pois bem, o meu momento relax do dia é quando vou assistir o seriado Arnold no SBT. Alguém já viu aquele menino, que coisa mais linda? Encantador. O seriado é bem antigo, e daí pensei o que terá sido feito desses atores. Meu lado pessimista desistiu de procurar na internet sobre o que houve com eles, porque temos exemplos de astros mirins como Macaulay Culkin, Lindsay Lohan, Michael Jackson, Simony... Etc.
Mas hoje não resisti, e joguei os nomes no google. Pra minha decepção, eu não estava errada.
Gary Colleman, o lindinho do Arnold, era tão lindinho, tão pequenino, tão bochecudo, porque tinha um problema renal, e graças a essa doença ele não cresceu muito, ele é realmente muuuuuuuuuito pequeno. Tentou suicídio duas vezes, e uma vez deu uma bofetada em uma fã que queria seu autógrafo no shopping. Processou o pai e o empresário, que usufruíram do dinheiro ganho com o sucesso do garoto. Pobre e sem trabalho na TV, foi trabalhar de segurança de shopping. Fez pequenas participações em outros seriados, mas nada digno do pequeno Arnold.

Dana Plato, a garota que fazia a irmã mais velha, foi retirada do seriado depois de engravidar. Depois disso, fez filmes eróticos e morreu de overdose de calmantes e opiácios.



É pais de estrelas mirins, é melhor tomarem conta dos seus filhos!
Eu não tiro a razão dos órgãos que proíbem ou censuram programas que usam crianças pra levantar o ibope.

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Depois de algum tempo resistindo, peguei o CD da Scarlett Johansson e Pete Yorn pra escutar. Já pensei de pronto, antes de dar o play, que seria ruim, afinal, essa onda de atrizes quererem cantar nem sempre dá certo.
Mas a surpresa foi grnde! O CD é muito bom, as músicas são calmas, leves, até relaxantes eu diria.
A voz da Scarlett não é uma maravilha, mas quando a banda Cine é uma das bandas de maior sucesso no Brasil nesse momento, eu me recuso a dizer que a voz da Scarlett é ruim, aliás, até digo que é bem boa!
Recomendo o CD pra quem gosta de músicas gostosinhas e leves.

O prazer de se encontrar com um livro

Ultimamente andava (confesso que ando) numa maré de baixo astral que vou te contar. O único momento prazeroso do dia era quando eu ia assistir um seriado. Ultimamente ando obcecada por supernatural, mas também tem Bones, Cold Case, etc.
Esses dias senti falta de algo. Esse ano, pós término do ensino médio tem sido difícil, e lembranças boas da escola vieram. A maioria delas na biblioteca. Sozinha pesquisando, com a Nanda e Lidy, com algum professor falando bobagens, enfim, a biblioteca da escola era meu refúgio, e era de lá que eu tirava as melhores companhias das tardes, noites e finais de semana: OS LIVROS.

Que prazer eu sinto em ler um livro. Que prazer eu sinto em entrar numa biblioteca, sentir aquele cheiro único, aquele silêncio, ou os sussuros logo silenciados por um olhar crítico da bibliotecária.
Decididamente preciso ir na biblioteca pública da cidade fazer a boa e velha carteirinha de sócio da biblioteca, e retirar uns livros lá, já que não tenho condições de comprar todos os livros que desejo ler.

Ah como é bom ler um livro!
Indicações? Aceito sim, obrigada.

Um pouco de perda de tempo

Se tem algo que me irrita são novelas do Manoel Carlos. Me irrita tanto que eu não consigo ignorar, como normalmento faço com essas novelas chatas.
Deixem-me explicar...

O povo gosta de novela, pode ver nas ruas, a cada nova trama, o povo se apaixona, vive, se coloca no lugar dos personagens. A novela é o momento em que a dona de casa que fez faxina, cozinhou, lavou, passou, cuidos das crianças e aturou aquele traste chato tem pra sonhar. Mas... Vejam as novelas do 'Maneco', é pra deixar qualquer pobre se sentindo mais pobre ainda. Novelas do Manoel Carlos para a maioria do público que acompanha, é que nem neve no Nordeste, você só ve pela TV.

O luxo, o glamour, o intelecto, as saladinhas com suco de abacaxi. Ele tenta fazer suas campanhas, mas mesmo assim, é uma coisa fora da realidade. Podem vir me falar que tem favela nessa novela e isso e aquilo, eu assisti o capítulo ontem (como disse é algo que me irrita tanto que não consigo ignorar, não que eu ache ruim, mas me irrita, ao contrário de Caminho das Índias, insuportável de assistir).

Mas talvez seja essa coisa toda que prende o público, é como assistir A Fantástica Fábrica de Chocolate. Você não vai estar em uma cachoeira de chocolate nunca, mas adoraria estar, e acha a magia do filme demais, ele é lindo!
Essa novela traz muitos atrativos visuais, o costumeiro Leblon, Búzios, Paris, Mateus Solano, Alinne Moraes, Rodrigo Hilbert, José Mayer (I like!) e tantos outros rostos bonitos, praticamente todos rostos bonitos.

Eu até entendo, ao que parece, Manoel Carlos leva uma vida no Leblon, cheia de cultura e beleza. Ou então ele já viu tanta desgraça nessa vida que resolveu não dar ênfase a isso em suas novelas.



Desequilibrada (http://dzkilibrada.blogspot.com/) não consigo comentar no teu blog! Acho que tem algo no layout.

O recomeço acontece a cada minuto.

Sempre tento me lembrar disso. Confesso que minha vontade não está muito alta.
Quando vou deitar pensando em mudar no dia seguinte sei que é ilusão, afinal, eu vou continuar a mesma, e só o fato de deixar para amanhã mostra o tamanho da minha vontade de mudar.

Quando se acha que a maioria das coisas fugiu do seu controle, isso sendo ou não verdade, o sono se torna um amigo, porque é a única forma de você não ver a sua vida passar. Até os pesadelos com monstros e pessoas estranhas tornam-se mais interessantes do que o ócio em que você vive.

E se chorar resolvesse problemas, bebês comandariam o mundo.
O recomeço acontece minuto a minuto, as mudanças é que são lentas. Mas só se consegue mudar certas coisas quando se recomeça.




Fotos: Arquivo pessoal.

Triste

Eu havia terminado uma prova de 70 questões, estava exausta, com dor no estômago, uma alergia na pele, um calor danado e muito sono provocado pelo antialérgico.
No ponto de ônibus, enquanto aguardava o dito chegar, comprei um wafer de chocolate. Quando eu estou no quarto wafer uma mulher para ao meu lado e pede uma moeda pra comprar leite pra filha, que estava ao lado dela, magra, olhos vermelhos e inchados, o olhar mais triste que eu já vi na vida.
-Não tenho nenhum dinheiro, mas a Sra quer esse pacote de wafer?
A mulher me olhou com tanta raiva, parecia que queria me bater. Respirou fundo, olhou pra menina e disse:
-Tu quer isso aí? -Com um certo... desprezo na voz.
A menina apenas estendeu a mão, e a mulher me disse um 'obrigada' com muita má vontade.

Talvez fosse só a decepção com a vida e a falta de esperança. Talvez fosse uma mulher e uma criança maltratada por ela, porque aquele olhar não é só de quem sofre pela miséria não.